Corte na própria carne da corrupção

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A pratica de corrupção praticados pelos partidos brasileiros seguem a lógica de que é preciso fazer de tudo para se manter no poder, e para isso o empresariado é o que mais lucra nessa disputa.

Vejo os acontecimentos políticos que fazem parte da história brasileira recente como exemplos práticos da falácia dos discursos de conciliação de classe e da política econômica do governo do PT, de um lado garantindo os lucros dos patrões e por outro colocando desempregados e membros da classe D e E como consumidores a fim de meramente superficializar um crescimento econômico.

É óbvio que para chegar ao poder o PT apostou numa aliança com a burguesia, naquele momento desacreditado com seus partidos legítimos (PSDB/PMDB/DEM, etc.) devido em grande parte a uma crise internacional e aos conflitos internos fomentados prioritariamente pelo Movimento dos trabalhadores sem Terra-MST com a questão da reforma agrária e a insatisfação da política privatista levantada por setores urbanos organizados.

Para conseguir manter essa aliança que propiciou a chegada ao poder o PT assumiu também todas as práticas dos governos de direita. Seria muita ingenuidade achar que as cobranças de percentuais sobre contratos com o governo surgiram com o PT e mais ainda que o PT não assumiu as rédeas, assim, montava sua base de “sustentabilidade”, cooptando partidos e mantendo as estruturas de corrupção em obras e contratos para conseguir o dinheiro necessário à manutenção de sua base aliada, o mensalão é prova de como se consegue manter os votos fieis para os projetos de interesse do governo.

Com a divulgação dos esquemas de corrupções encabeçadas por filiados do partido dos trabalhadores: dólares na cueca, malas etc., Lula afirmaria que cortaria da “própria carne”, apesar de ser um blefe para manter as aparências conseguiu passar por essas denúncias ileso, mesmo com o desfecho do mensalão e a prisão de lideranças do alto escalão do partido.

Mas há um fato novo na descoberta de mais esse esquema de corrupção envolvendo a PETROBRAS. A operação LAVA-JATO tem a “assessoria” de delatores que dão provas contundentes da existência do esquema dentro do governo com um alcance além dos militantes do PT e é justamente esse alcance que torna ainda mais complicada a relação do governo e seus partidos aliados. O principal medo deles é que o PT passe a cortar também na carne dos que sempre estiveram dando sustentação à governabilidade e aqui está a principal dificuldade que o governo vem encontrando.

Por outro lado, até os partidos de oposição se colocam numa relativa defensiva ao criticar mais esse fato de corrupção, pois eles têm consciência que o desenrolar das investigações e o desmantelamento de toda a rede de corrupção também chegue as que ainda são mantidas por governos dessa oposição.

O dinheiro fruto dos esquemas de corrupção apesar de enriquecer alguns políticos serve em maior parte para financiar as campanhas eleitorais dos partidos que se alternam no poder. O depoimento de um dos delatores que desmascara as tais “doações legais” põe em cheque o financiamento privado de campanha e a origem e o interesse de quem doa, como o próprio delator disse: “o dinheiro doado a partido político não é doação, é investimento”.

O sangramento dos recursos públicos afeta não só a economia do país, mas a própria estrutura política onde os acordos não se baseiam numa ideia de governo, mas sim numa ideia de lucratividade que cada posição política pode reverter em valores depositados em bancos no exterior ou aumento de patrimônio particular.

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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