MARANHÃO DO SUL: UM PROJETO PARA BURGUESES(RICOS)

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Palácio dos Leões, São LuísAs oligarquias e o coronelismo são comuns em estados da região norte e nordeste do Brasil. No Maranhão a oligarquia dos Sarneys dominou por mais de 40 (quarenta) – em alguns momentos, ameaçada por outros grupos, que, assim como os Sarneys também buscavam consolidar a sua estrutura oligárquica.

Com dimensões continentais, o Maranhão ainda tem distorções econômicas e sociais latentes entre o norte e o sul do estado – para mim, entre a capital São Luís – centro do poder – e o resto do estado evidenciados pelas estruturas urbanas e de serviços disponíveis à população.

A burguesia [ricos] e os políticos desprestigiados pela oligarquia da capital, que mantinham – ou mantém – os demais municípios no “cabresto político” para continuarem dirigindo o Estado e se reeleger, viram na possibilidade da divisão territorial, e consequentemente do poder, a oportunidade que faltava para se beneficiarem da divisão do estado. O movimento pró-criação, do novo estado do Maranhão do Sul, só servi, até hoje, de “bandeira” em campanhas eleitorais a políticos da capital e aos que faziam parte da oligarquia vigente nos municípios que compõem o “novo estado”, além, dos da região para arregimentar votos e, quando conseguem seu intento, esquecem a proposta.

Ou seja, a proposta de criação do “Estado do Maranhão do Sul” só é conhecida e defendida mesmo, pela classe que se beneficiaria imediatamente com a concretização do novo estado, os ricos e os políticos tradicionais. Com a criação de um novo estado necessita de novas estruturas de instituições como executivo, legislativo e judiciários que acomodariam os “filhos do poder”, toda essa estrutura de governo seria composta por uma elite que já está na velha.

Nunca se fez uma discussão séria com os municípios que fazem parte do projeto, muito menos com suas populações, deixando a discussão meramente no campo político de projeto de poder. Basta ver o exemplo do projeto que corre em Brasília, os “representantes” só falam de seu trâmite ou de sua postura em defesa da divisão em período eleitoral, muitas das vezes posturas mentirosas, pois não querem deixar a fatia de votos fácies que sempre tiveram na região. Outro exemplo são as cogitações de quem seria o governador ou qual cidade seria capital do tão sonhado estado do Maranhão do Sul.

O foco deveria responder a questões fundamentais para esses municípios e suas populações: uma estrutura de poder mais próximo traz vantagens? Estaríamos nós dispostos a nos mobilizar para exigir a divisão? Quais as potencialidades da região? Em que esse novo estado sustentaria sua economia?

A população tendo na “ponta da língua” essas e outras respostas, o novo estado passaria a ser uma demanda reivindicada pelos seus cidadãos e não por engravatados que nem si quer no estado residem, tem apenas um título eleitoral que possa ir em busca de votos com discursos com promessas de redenção da pobreza que eles mesmos ajudam a manter.

O projeto por si é essencial para os municípios da região sul, pois entre as várias vantagens, como a de redução de distância entre a sede do poder, tornaria a cobrança mais facilitada, o que não quer dizer, a solução dos problemas.

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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