Novo sistema de transporte público, o coletivo lotação

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coletivo lotaçãoSebastião Madeira/PSDB e a empresa contratada para prestar serviços no transporte público RATRANS implantam o coletivo lotação em Imperatriz.

Com apenas doze dias após os confetes e serpentinas lançados pelo prefeito Sebastião Madeira/PSDB, vereadores, promotoria pública e dono da empresa ao anunciar o inicio das atividades da empresa (19/02), que foi contratada temporariamente para explorar o serviço transporte público em Imperatriz os usuários já tem uma noção de como será a prestação de serviços daqui pra frente.

A realidade para os usuários do transporte público continuam refletindo a noção erronia das instituições públicas de que os usuários em geral têm que se submeter à lógica dos empresários e dos gestores que querem determinar o que é de qualidade ou não à população.

A empresa que se implantou na cidade e colocou sua logística para explorar o serviço de transporte público que têm duas grandes táticas no objetivo de lucrar com a exploração dos seus usuários: a primeira é que, com o número reduzido de veículos as rotas viraram verdadeiros circulares, ao ponto de percorrerem do Centro da cidade, passando pelo grande Santa Rita indo até o Conjunto Itamar Guará e voltando pelo Centro e outro ônibus fazendo o caminho inverso. O tempo utilizado para trajeto deixa um intervalo de tempo de espera enorme ao ponto de deixar muitos usuários duvidando que haja realmente uma empresa em funcionamento.

Mas não são apenas as rotas o principal problema encontrado pelos usuários, o que considero mais irresponsável é o que acontece no ponto de Integração dos ônibus a partir das 21 horas. Estive durante toda essa semana indo pegar o ônibus para voltar pra casa depois de terminar as aulas na UFMA e a realidade é a seguinte: após esse horário todos os ônibus que vem dos bairros se acumulam na integração ou ficam parados nos “pontos finais” – Itamar guará, campus da UFMA no Bom Jesus, etc. – até um determinado horário. O objetivo é claro, reduzir o número de veículos circulando a partir desse horário e só saírem dos pontos finais no momento em que, no caso da UFMA Bom Jesus, acabe a aula (o normal é encerrar às 22 horas), enquanto isso os usuários ficam na integração até as 23 horas – saída para o último percurso dos ônibus na cidade –, nas paradas pela cidade o acúmulo de usuários é visto. O que na prática faz que os coletivos de Imperatriz se transformem em coletivo lotação, que só saí quando o dono entende que é lucrativo para a empresa que os ônibus circulem.

Eu particularmente me sinto mantido sob cárcere na integração, assim como muitos outros usuários que após pagarem a passagem e entrarem na integração com a promessa de que o “ônibus está vindo”, na prática você cai na realidade: ou perde o dinheiro pago por não suportar a espera dos ônibus que se acumulam e resolve pagar mais caro – taxi-compartilhado ou moto-táxi – ou terá que aguardar até as 11 horas, horário definido pela empresa para que todos os ônibus iniciem a último trajeto do dia.

É preciso questionar àqueles que se esforçaram tanto para resolver o problema do transporte público, claro que eles afirmam que já o fizeram. Esse tipo de logística adotada pela empresa é de conhecimento da prefeitura que concedeu a exploração do serviço? Quem é responsável para fiscalizar o cumprimento do contrato? Todas as instituições envolvidas lavaram as mãos e os usuários terão se contentar com o que se tem?

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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