Por que estamos em greve?

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o-peso-da-crisePor que estamos em greve? Essa seria uma pergunta fácil de explicar no caso dos professores se a questão fosse apenas a mote salarial. Há desvalorização nos salários e também a falta de condições de trabalho, ameaça de privatização do ensino superior com a possibilidade de terceirização da atividade fim (professor) através de contratações de empresas terceirizadas (como é o que quer a PL 4330). E, os cortes da educação que já chega a 9 milhões de reais desde janeiro de 2015 com as medidas do ajuste fiscal do governo federal.

Mas por que esses mesmos argumentos não são entendidos por parte dos alunos, que não apóia a greve? Para explicar isso já é mais complicado pelo fato da maioria não se ver como futuros trabalhadores do ensino, apesar de um terço dos cursos da UFMA de Imperatriz estar vinculados a cursos de licenciaturas (Licenciatura em Ciências Humanas, Licenciatura em Ciências Naturais e pedagogia). A não perceberem que as medidas que afetam os professores hoje, também nos afeta, nos afetará como futuros professores e num futuro próximo a outros trabalhadores e filhos de trabalhadores que poderão ingressar num ensino superior já privatizado.

Essa sim é a principal preocupação que desperta o sentimento de união entre professores, técnico-administrativos e alunos (não administrativos) no fortalecimento da greve. O movimento deseja a vitória nessa queda de braços com o governo, que quer pôr nas costas dos trabalhadores o peso da crise gerada pela sangria dos recursos públicos. Para garantir o pagamento da dívida aos banqueiros e investidores nacionais e internacionais.

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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