Os 12 melhores anos da história do Brasil foram graças aos governos do PT. Rááá…. Pegadinha do malando!
Nas redes sociais e via e-mail recebi uma enxurrada de dados comparando aumento de salário, de produção, de PIB, de distribuição de renda, de ascensão de classe, de redução da miséria etc. durante o governo de Dilma/PT, tudo isso comparando com os oito anos do governo tucano de FHC/PSDB. Com objetivo de convencer o eleitorado a escolher entre o seis e o meia dúzia para gerir o governo voltado ao capital com algumas particularidades em atender minimamente a classe trabalhadora através de programas assistencialista, receita herdada pelo governo neoliberal de FHC/PSDB e potencializado pelo PT para manter um governo populista que ataca disfarçadamente a classe trabalhadora.
Essas ditas comparações e ditas vantagens entre um governo declaradamente burguês e um burguês meio bonzinho com a classe explorada do país não levam em consideração a economia mundial – interdependente – e as conjunturas ao fazer essas comparações. Fazer esse tipo de comparações abandonando o contexto do cenário histórico, cultural, tecnológico, econômico e político é obrigar uma anacrônica da dialética e de todas as visões citadas.
FHC/PSDB seguiu o plano de austeridade econômica ditado pelo consenso de Washington (1989), Fundo Monetário Internacional e Banco mundial – que funcionam como um “receituário” das premissas neoliberais na América Latina – regulamentando através da Lei de Responsabilidade Fiscal (LEI 101/2000) – definida por mim como lei de irresponsabilidade social – e seguidas à “risca” nos últimos doze anos do PT no poder.
Dentre as premissas básicas colocadas no Consenso de Washington, podemos destacar:
- ) Disciplina fiscal, em que o Estado deveria cortar gastos e eliminar ou diminuir as suas dívidas, reduzindo custos e funcionários.
- ) Reforma fiscal e tributária, em que o governo deveria reformular seus sistemas de arrecadação de impostos a fim de que as empresas pagassem menos tributos.
- ) Privatização de empresas estatais, tanto em áreas comerciais quanto nas áreas de infraestrutura, para garantir o predomínio da iniciativa privada em todos os setores.
- ) Abertura comercial e econômica dos países, diminuindo o protecionismo e proporcionando uma maior abertura das economias para o investimento estrangeiro.
- ) Desregulamentação progressiva do controle econômico e das leis trabalhistas.
Ou seja, dizer que o PT (Lula e Dilma) foram os “salvadores da pátria” desconsiderando uma economia mundial que – até agora – vem em certa medida dando condições ao Brasil em apresentar os números atuais – quem esperaria outra coisa com aplicação das políticas neoliberais – com prioridade à venda de commodities e garantia do lucro especulativo e ataques aos direitos dos trabalhadores em troca do aumento de exploração da classe trabalhadora (empregos), outros exemplos similares estão na Índia e China. PT de Dilma e PSDB de Aécio representam os mesmos interesses, os da burguesia, a única coisa que os diferenciam, então, é a conjuntura econômica global que favoreceu o PT, mas Marx já diz: “as crises são inerentes ao modo de produção capitalista”.
Portanto aos que defendem voto no seis e os que defendem o voto no meia dúzia, afirmamos o voto nulo, o voto na luta por uma sociedade sem exploração, não escolhemos entre um péssimo e um ruim.