Já tive oportunidade de conversar com vários trabalhadores vinculados a essa categoria e todos são unânimes em afirmar que o sindicato faz o que os patrões mandam, inclusive na tarefa de lesar os trabalhadores quando ocorrem rescisões contratuais onde os trabalhadores não recebem o que lhes é de direito.
Amanhã, dia 04 de junho, está programada uma “greve” da categoria cuja reivindicação é um aumento salarial, dentre outros direitos (tíquete alimentação, vale farmácia etc.), mas que na verdade a paralisação da frota do serviço de transporte público de Imperatriz, que é precário e caro, tem o objetivo de pressionar os vereadores e o prefeito em aprovar um reajuste nas tarifas, passando da mais “barata” de R$2,30 para R$2,70. O oficio requerendo esse aumento já se encontra na câmara, mas por ser um ano eleitoral os vereadores o mantém engavetado.
O lamentável de tudo isso é ver um sindicato que deveria preservar pela independência de classe para poder reivindicar melhores salários e condições de trabalhos se preste a essa tarefa de mobilizar a categoria para exclusivamente conseguir que o poder público dê o aumento nas tarifas para garantir o lucro dos patrões, pois não é certeza de que conseguindo esse aumento nas tarifas seja repassado para atender o suposto aumento salarial de 16% reivindicado pelo representante do sindicato.
Assista ao vídeo da entrevista concedida ao repórter Paulo Negrão e veja que o sindicalista inseguro em suas argumentações e posteriormente o patrão deixando a entender que o percentual de reajuste seria justo, haja visto, que os funcionários há mais de dois anos não conseguem reajuste salarial e os motivos seriam a falta de reajustes nas tarifas e o aumento dos custos de manutenção. Mas uma pergunta não quer calar: por que eles não quebraram ou não abre a planilha de custos? Simples, esses gestos mostrariam o nível de lucro e a ânsia em aumentar ainda mais, e dessa vez com a anuência dos trabalhadores graças ao atrelamento do sindicato aos patrões.
Vídeo Canal do Youtube de Paulo Negrão