Os sujos e os mal lavados nas eleições de 2016

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Nessa reta final das eleições burguesas em Imperatriz – onde só os ricos têm vez – a tônica dos debates entre os principais candidatos das elites são seus vínculos com o que representava de mais nefasto na política maranhense, a oligarquia Sarney, que tinha nos municípios seus tentáculos. Os sujos falando dos mal lavados.

Na dinâmica de conquistar o voto dos eleitores está a demonstração do “atraso”, do vínculo com as figuras do clã Sarney e, correndo por fora, o que representa o continuísmo da gestão que beneficiou nesses oito anos os ricos da cidade.

Em meio essa troca de acusações há muito de comum entre o atraso – caracterizado no clã Sarney – e a proximidade política e de classe entre esses candidatos. Vejamos algum desses pontos:

Ildon Marques, esse se construiu politicamente no seio do clã e conseguiu os apoios necessários para sua ascensão política, até que em 2014, a crise do clã também representou sua crise dentro do PMDB e hoje, como acontece nos partidos burgueses, comprou sua vaga de candidato pelo PSB.

Rosângela, em 2012 assumiu a candidatura do clã Sarney após se destacar como assessora na prestação de serviços na saúde da gestão de Ildon Marques. Essa mesma que em sua propaganda de 2016 aponta os adversários adjetivando-os de pertencerem ao atraso e vinculados ao sarneysmo, negando assim suas origens, trocando em miúdos: cuspindo no prato que comeu.

Assis Ramos, surge em meio a uma crise de velhos aliados (Rosângela e Ildon Marques) com a tarefa de buscar a manutenção do espaço do PMDB junto à elite de Imperatriz, agora sem o velho escudeiro, o DEM, que continua com Rosângela.

Riba Cunha que se apresenta como o azarão nesse processo. Apesar de ser o candidato da continuidade da gestão Madeira (tendo como vice o PSDB) sua aparição junto ao candidato é muito modesta. Ribinha com seu peso econômico parece não está muito preocupado com essa ausência, em suas aparições não se remete à gestão de Madeira no sentido de dizer que “ele é quem ajudou a fazer”, basta ver os discursos da candidata do governador que procura ganhar pontos com as obras executadas pelo Estado.

Em meio a esse saco de gatos das disputas entre as frações das elites está o trabalhador que se deixa levar pela amnésia política que os discursos e as propagandas eleitorais trazem para dar um ar de originalidade. Na prática, são todos farinha do mesmo saco.

sujo_mal-lavado

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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