Mesmo com a insistente tentativa do poder público de esconder sua incompetência de gerir a máquina pública e, atender os interesses dos trabalhadores, principalmente das periferias de nossa cidade, estamos montando o quebra-cabeça das finanças de Imperatriz referente o exercício financeiro de 2013. Nessa primeira análise nos vem a pergunta: É possível medir a incompetência? Qual melhor critério?
O que víamos há poucos anos atrás quando o atual prefeito assumiu as rédeas da gestão municipal era que não tinha recursos para investir na cidade – realmente fizemos vários posts que demonstrava a dependência econômica dos recursos federais – com uma receita própria minguada. Essa era a principal queixa e que sustentava o conformismo daqueles que tinham esperanças nas promessas de dias melhores.
Em 2012, vimos alguns convênios firmados entre prefeitura e governo federal, e um crescimento nos investimentos privados na construção civil, dentre elas uma fábrica de celulose, fazendo com que as entradas de recursos provenientes de receitas próprias com impostos de IPTU, ITBI e ISS e com isso tivessem um aumento de obras de infraestrutura. Então com o aumento de receitas próprias qual o problema agora?
Observe os dados sobre a evolução de algumas receitas próprias de 2010 até 2013:
FONTE: Dados retirados dos balanços orçamentários de 2010, 2011, 2012 e do RREO 6º Bimestre de 2013 publicado no SISTN.
A receita de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN ou ISS) de 2011 para 2013 praticamente triplicou, o montante arrecadado pela Secretaria da Receita Municipal, passou de R$20.699.402,80 em 2011 fechando 2013 em R$58.842.225,99. A composição dessa arrecadação está muito ligada às empresas prestadoras de serviços para a construção civil e da montagem da fábrica da Suzano, que entrará em funcionamento pleno no segundo semestre. Ainda é precipitado afirmar que só a produção da fábrica e das empresas satélites manterá ou elevará a arrecadação dessa receita, o fato é que, o fruto desse período de arrecadação pode ter passado e os frutos e a maioria da população não viu.
Infelizmente muitos não percebem que, seja com um aumento de recursos ou não, essa gestão representa os interesses de poucos – àqueles ligados ao grupo dominante –, aos trabalhadores novamente resta à esperança, muito ouvido nos discursos de quem se aproveita do poder econômico para se perpetuar no poder à custa das más condições de vida da grande maioria.