Com a decadência do clã Sarney após quase cinquenta anos de pilhagem do Estado do Maranhão – ainda governadora – Roseana Sarney pretende sair de cena de uma forma pouco honrada, não aguentando a humilhação nas urnas pelo candidato de seu grupo Lobão Filho, pedirá pra sair antes do fim do mandato que se encerraria em 31 de dezembro.
A manobra que para os publicitários do clã é uma forma de homenagear a lealdade de seus pares na assembleia legislativa estadual é na prática a tentativa de esconder a arregada da governadora, que para o grupo seria menor que a humilhação do momento da passagem da faixa aos seus ex-aliados, agora no poder.
Tenho lá minhas dúvidas se a cerimônia promoveria um constrangimento tão grande assim, vale observar que os que estarão na cerimônia fizeram até ontem parte dos tentáculos que a oligarquia tinha nos quatro cantos do Estado, e a cuspida no prato que comeram não seria assim tão descarada como ela imagina.
Flávio Dino e os que vão governar com ele sabem do “poder” que os Sarneys ainda detêm, seja nos órgãos do judiciário, seja do TCE ou com sua base de parlamentares e ministros do governo Dilma Rusself/PT e se o objetivo de Flávio é uma revolução burguesa como ele mesmo afirma, dependerá de uma maior aproximação com a elite empresarial maranhense que historicamente foi representada por esse clã. A conversa de que foi a oligarquia que impediu a expansão do capitalismo no Maranhão seria fruto de uma política “errada” da família Sarney não cola, aí seria dizer que os Sarney também controlariam o capital internacional e a dinâmica dos mercados, coisa que não acredito, com todo poder de Bita do Barão como aliado, os Sarney não chega a tanto.