Há poucos dias para o prefeito eleito de Imperatriz pelo PMDB, do grupo Sarney e do atual presidente Michel Temer/PMDB assumir o comando da cidade, há uma expectativa de seus eleitores que toda a realidade da cidade se transforme por um passe de mágica.
O delegado e agora prefeito, Assis Ramos/PMDB, ainda esta na fase de montagem de seu governo e assessores, trabalho complicado para qualquer um que assume a enraizada cultura de tornar particular o que é público.
Tenho sido interpelado por alguns, que se dizem próximos de seu governo, que me perguntam: “o que você espera do Assis?” Minha resposta é sempre a mesma, nada diferente dos que já passaram pela prefeitura, pelo simples fato: veja de onde surgiu e a que grupo político ele pertence.
Os defensores do governo, que ainda nem iniciou, vão logo defendendo-o dizendo que ele fará um governo “diferente”, “honesto”, “transparente”, etc. A defesa que esses esperançosos, para não dizer ingênuos, faz com que o perfil defendido seja de um “político puritano”.
Segundo esses defensores, Assis Ramos vem negando na composição de seus cargos de confiança políticos com alguma mancha na sua vida pública, quase que um aplicador da “Lei da Ficha Limpa” da gestão pública, para alcançar o intento estaria se afastando da cúpula do PMDB de sua futura gestão, reconhecendo o mar de lama pelo qual ele navegou.
Assis Ramos parece que não tem noção alguma de como funciona o jogo que ele decidiu jogar ao escolher seus parceiros da disputa eleitoral. A partir de primeiro de janeiro de 2017, e com certeza já bem antes disso, já deve estar tendo uma prova de como se joga esse jogo segundo seus apoiadores. As cobranças por cumprimento de promessas de campanha como: de emprego para uma filha ou esposa de um apoiador, de contratos por empresários ligados à sua base política, de correligionários por alugueis de carro e casas para funcionamento de órgãos da gestão, atendimento prioritário de alguma demanda assumida pelos vereadores eleitos a um bairro para mostrar seu poder junto à comunidade atendida, etc.
Será um erro achar que pode centralizar todas as decisões sem delegação mínima de poder a outros. Se ele for mesmo um “político puritano” terá que encontrar em seu círculo social outros que partilhem de sua “seita”, e, cá pra nós, nessa estrutura de representação aonde o povo só assiste o que lhe é imposto já é uma forma errada.
Qualquer que seja o resultado do pretendido por essa nova gestão que só se inicia em 2017, só se pode avaliar passado alguns meses de suas ações na direção. E, é nesse sentido que tanto os que defendem seu governo, quanto os que não acreditam em nada diferente do que sempre se viu devem se posicionar.