Todo o mundo sabe da dependência que os países periféricos têm do capital internacional e o grau da crise financeira internacional, que segundo o presidente LULA/PT, seria uma marolinha aqui no Brasil. Essa dependência financeira se reflete entre união, estado e municípios.
Todos os estados do Nordeste sabem da dependência dos repasses financeiros (FPM, SUS, FUNDEB, complementação da união, etc.) que eles têm. Tudo isso causado pela falta de desenvolvimento econômico e ações de políticos que mantém esses estados como reserva de votos e mão de obra barata de reserva ao capital.
Outras formas de dependência (Bolsa Família, Prouni, Projovem, etc.) mantidas por governos capachos das políticas neoliberais vigentes no Brasil, mantendo de forma permanente os trabalhadores em suas mãos e cobrando as migalhas em período eleitorais.
Vamos falar especificamente na dependência financeira de Imperatriz, demonstrando neste momento apenas uma receita que compõem os recursos fruto das transferências financeiras federais, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que se comparando os períodos de janeiro a setembro de 2008 à janeiro e setembro de 2009 – antes e durante da crise que para alguns defensores do capitalismo gera oportunidade – observa-se uma redução de R$823.390,52 de reais em média. Observe o gráfico abaixo:
O FPM é composto pela arrecadação do Imposto sobre a produção industrial (IPI) e Imposto de Renda (IR). Com a redução do principal imposto, o IPI, a arrecadação federal caiu proporcionalmente aos repasses desse imposto que é repassado aos municípios. Está ai o motivo do choro de prefeitos, e o de Imperatriz não é diferente.
O contraditório é que Madeira/PSDB representa a mesma corja que implantou esse projeto neoliberal no Brasil que vemos em continuidade, O governo LULA/PT que segue a mesma receita passada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de manter o superávit primário, economia para pagamento de juros da dívida.
Desde sua posse em janeiro de 2009, Madeira/PSDB sabia da crise, mas quando assumiu manteve a mesma política neoliberal, que é o arrocho aos trabalhadores com o discurso de que os recursos do FPM reduziram – lembrando que não acontece com o FUNDEB, SUS e outros. Ao mesmo tempo aumentou a folha e os vencimentos dos cargos em comissão (puxa-sacos) de 13 secretários para 21 com vencimentos que passaram de R$ 6.000,00 para R$ 9.000,00.
Imperatriz e o Maranhão necessitam urgentemente de ações para reverter esse quadro de dependência financeira, isso só se faz com educação e investimentos de recursos públicos sem o superfaturamento tão comum aos políticos de direita.