Diante do iminente afastamento da presidenta Dilma Rousseff/PT no processo que deve levá-la ao impeachment apoiado pela ampla maioria dos partidos que compuseram os governos do PT (2002 a 2016) os que ainda permanecem fieis a ele devem ocupar todos os espaços de mobilização da classe trabalhadora no 1º de maio de 2016 para a defesa do governo, ou seja, o 1º de maio será usado em defesa de um governo que foi, em grande medida, dos patrões.
Essa participação nos atos do dia do trabalhador será bastante diversificada. Enquanto centrais sindicais como Força Sindical, UGT, CSB e CGTB que dialogam mais intimamente com o grande empresariado nacional e com os partidos conservadores da direita que apóia o processo de Impeachment os ataques contra direitos trabalhistas que são efetivados com apoio dessas centrais.
O governo também conta com um aparato burocrático de centrais sindicais para tentar defender a manutenção do mandato. Esses servem de correia de transmissão dos interesses do governo: CUT e CTB entre outras que declaram ao mesmo tempo favoráveis ao governo dizem ser contra suas políticas de ataques à classe trabalhadora, uma tremenda hipocrisia para não perderem de vez suas bases. Essas mesmas centrais estiveram apoiando o governo em negociações para uma conciliação (aceite da classe trabalhadora às propostas dos patrões) na flexibilização dos direitos trabalhistas.
Em Imperatriz o campo de defesa da manutenção do governo no 1º de maio será majoritariamente ocupado pelo PT/CUT/CTB, claro não com o mesmo afinco de outras cidades cuja estrutura sindical é mais “militante”.
Nos últimos 4 anos um grupo minoritário de trabalhadores mantive, a muito custo, acesa a chama do 1º de maio como um dia de luta e debate dos interesses da classe trabalhadora, enquanto que os defensores do governo usavam suas estruturas sindicais para desmobilizar e desconstruir a necessidade permanente de luta e do que representa o Dia do Trabalhador.
Sabemos que o retorno às mobilizações do 1º de maio não serão para discutir os ataques sofridos pelos trabalhadores dos governos que aplicam a política econômica do capital, e que o PT não foi diferente. Agora, usar o dia de mobilização dos trabalhadores para defender um governo dos patrões aí é muito oportunismo e mau-caratismo, coisa comum nos partidos de direita.
Mas vale lembrar que nesse 1º de maio também haverá momentos que visa o reforço da classe trabalhadora contra os ataques que virão, seja desse governo, seja de qualquer um outro que tente governar para os patrões. Se só a luta muda a vida, então que a luta continue…