Nós militantes do PSTU estamos sendo abordado para tirar uma dúvida recorrente em torno da proposta apresentada pelo candidato à presidência da república, Zé Maria, nos programas eleitorais sobre sua defesa de um governo sem patrões.
Primeiro, há uma falta de tempo e espaço para explicar de forma que sejam tiradas todas as dúvidas da população. Sistematicamente em debates e entrevistas o PSTU é impedido, devido o veto da sua participação nesses eventos, por não ser de interesse dos patrões o fato de dar publicidade às ideias revolucionarias de um partido operário.
Segundo, no consciente coletivo uma empresa só funciona ou só há emprego se existir a classe dos patrões. Questionar essa engrenagem dizendo a verdade pode, e é, muito perigoso para uma sociedade exploradora com a sociedade que tem o modo de produção capitalista, basta perguntar se tirando o patrão uma fábrica ou empresa pararia sua produção? E pra onde vão os patrões nos meses de férias (chalés, praias badaladas, Europa, Estados Unidos etc.) e a fábrica pára? Mas se os operários não forem para a fábrica o patrão tem condições de mantê-la produzindo sozinho? Questões aparentemente óbvias como essas são muito perigosas se feitas em rede nacional para a grande gama de trabalhadores explorados.
Em terceiro, um governo sem patrões – voltado para atender os interesses da classe trabalhadora – representa ter um presidente, senadores, governadores, deputados, prefeitos e vereadores com independência política e financeira dos patrões. Pois, para nós um governo que tem ligação com os patrões tem diretamente que atender os interesses de quem os financia e lhes dão as condições de chegar ao poder pela questão econômica, principal determinante no processo eleitoral atual.
Não é, nem um pouco, difícil reconhecer essa ligação nos atuais governantes, desde o vereador até o presidente, todos tem em seus governos representantes dos patrões, que na prática são quem determinam as políticas públicas de educação, saúde, transporte, habitação etc. sempre buscando dar lucratividade das empresas e aos patrões alinhados a eles. Hoje vejam quem estão do lado dos principais – economicamente falando – candidatos, todos, sem exceção terão a tarefa de governar para garantir o lucro de suas empresas.
Por isso defendemos um governo dos trabalhadores sem os patrões, só assim o estado teria condições de atender as necessidades dos trabalhadores sem a interferência dos que só querem acumular cada vez mais a riqueza produzida pelos trabalhadores.