As várias matérias que divulgam a redução da taxa de desemprego como a publicada pelo site do UOL/2009, que destaca: “Taxa de desemprego fica em 8% em julho, a menor taxa para o mês desde 2002”. Tendo como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que por sua vez, tem como fonte para a compilação dos dados o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Esse tão propagado desempenho não reflete a realidade do desemprego no Brasil por vários fatores: primeiro pelo fato de ser realizado em centros desenvolvidos que concentram as industriais numa única região do país, São Paulo; segundo é devido ao acirramento da fiscalização aos patrões na obrigatoriedade de registrar os funcionários que já trabalhavam sem esse direito; terceiro pelo fato da informatização, pouco que seja, das empresas em todos os ramos de atividade que passaram a alimentar de forma obrigatória o sistema CAGED com essas informações.
Outras formas de acompanhar os índices de emprego e desemprego precisam ser observadas, pelo fato de empresas que sempre tiveram funcionários mais que nunca os informou ou assinou a carteira dos mesmos por algum motivo passaram a fazê-lo. Um acompanhamento, mesmo por amostragem, deve ser feito por um grupo identificado de empresas e ramos econômicos para que assim tenhamos refletido os índices reais com relação à população ativa sem esquecer da remuneração, outro índice importante para o conhecimento da sociedade.
Com a atual crise do capitalismo os postos de trabalho vêm reduzindo com grande aceleração, os que se mantém é devido a redução dos salários ou da abdicação de direitos trabalhistas muitas das vezes com o respaldo de centrais sindicais.
Os trabalhadores têm que ficar atentos às saídas encontradas pelos patrões para sobreviverem a essa crise do capital, onde só o trabalhador é quem arca com o prejuízo.