Xenofobia de classe

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xenofobia-de-classeNão é de hoje que vemos textos e declarações de pessoas abastadas (e abestadas) destilando seu preconceito xenofóbico de classe sobre as pessoas que não fazem – ou não faziam – parte de seu círculo cultural, sanguíneo e principalmente econômico, provenientes de uma determinação de casta.

Quando há ascensão de classe – se há verdadeiramente isso no Brasil – não era tão possível, o mais comum vermos o preconceito xenofóbico sendo direcionado aos paraíbas (apelido preconceituoso dirigido aos cidadãos de origem nordestina) que migravam para os grandes centros em busca de trabalho, uma passagem de uma região bárbara, primitiva para a “civilização” situada mais ao sul do continente, cujo fator é a centralização industrial.

O post publicado pela blogueira Silvia Pilz “O plano cobre” na qual ela descreve seu estranhamento ao ser obrigada a ter que dividir o mesmo espaço – que deveria ser exclusivo aos abastados – denota sua insatisfação. Sua descrição dos hábitos e comportamentos dos que passaram a usar os serviços privados de saúde põe em evidência seu preconceito e sua xenofobia de classe.

Afinal, ela tem ou não o direito – dentro da liberdade de expressão e democracia – dizer o que pensa? Ora, estando num Estado de direito burguês, sim! Entretanto, seu preconceito tem limites, ele esbarra na mera descrição de hábitos e costumes fora de seus padrões de etiqueta e da limitação econômica dos que recentemente foram colocados ao nível – mesmo que momentâneo – de consumidores de serviços privados.

À medida que uma elite econômica se sente alcançada por outras classes sociais, há uma exigência aos prestadores de serviços a serem obrigados a criar novas formas de separação, como vemos nos serviços prime, áreas privê, etc., uma inovação dos elevadores social e de serviço. Ou seja, no capitalismo à medida que pessoas têm mais acesso ao consumo, a burguesia inventa e reinventa formas de se diferenciarem enquanto elites de uma classe que controla os meios de produção, todos podem ser consumidores, mas elite não!

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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