Ideologia dominante: o desejo pequeno-burguês

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ideologia-dominante-pequeno-burguesA propaganda do empreendedorismo, onde o empregado passa ser patrão, nada mais é que a massificação de uma propaganda que realça dentro da classe trabalhadora seu sentimento pequeno-burguês alimentado pela ideologia dominante dos capitalistas.

Dentro das empresas é comum aos trabalhadores o terrorismo de seus patrões, muitas situações de constrangimento promovidas por chefes de setores ou profissionais de alto escalão/gerencia da instituição visando manter o trabalhador ciente que sua permanência na vaga depende exclusivamente de sua “bondade”, e não da dependência, que o patrão tem da apropriação da mais-valia produzida pelo trabalho dos operários.

Para a quase totalidade dos trabalhadores de hoje há um desejo comum: obter meios de produção no qual lhe dará condições para explorar a força de trabalho de seu semelhante, um dia quem sabe, se tornar um patrão! Mesmo que esse operário conheça todas as formas de exploração da qual ele passou como operário, ao se tornar um proprietário (patrão), a concorrência entre os meios privados de produção capitalista o tornará um patrão potencialmente tão carrasco quanto àqueles que ora ele queria se libertar.

Eis aqui uma prova de que a ideologia dominante está impregnada no seio da classe trabalhadora. Os poucos bem aventurados exemplos de “sucesso” em sua trajetória de operário para patrão serve como uma droga altamente prejudicial para a organização da classe trabalhadora.

Mesmo sabendo o quanto é difícil manter uma empresa e/ou indústria no mercado de competição desleal capitalista, muitos operários são iludidos que um dia conseguirão sua alforria pelo simples fato da aquisição de meios de produção para exploração da força de trabalho de outros operários.

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

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