Defensores da administração de Sebastião Madeira propagam na rede o “fim da crise” do transporte público na cidade de Imperatriz após 100 dias, com a população tendo que se rebolar para ir e vir ao trabalho, escola, hospital, etc.
Os mais acéfalos desses defensores da gestão municipal tentam imputar a situação aos militantes sociais e movimentos que reivindicam melhorias no serviço, redução da tarifa e garantia passe-livre a estudantes de serem defensores do caos. Outros com um pouco mais de massa cinzenta afirmam que o anúncio feito pela gestão – que manterá por mais 30 dias a situação como está – “decreta o fim da crise” e quando a empresa começar a funcionar o valor da tarifa continuará com o valor de R$2,40.
Pra quem não conhece a precariedade do transporte coletivo de Imperatriz, que vem desde muito antes da posse do primeiro mandato de Sebastião Madeira/PSDB em 2009 e que chega a seu último ano de mandato sem nenhuma melhoria, basta olhar para o que é hoje.
A nova empresa concessionária, Rio Anil.
A saída da falta de transporte público defendida pelo Movimento pelo Transporte Público (MPTP) não era a manutenção do alto valor da tarifa de Transporte (R$2,70) que faz pesar no bolso dos trabalhadores no fim do mês. Tampouco, a permanência do serviço público sendo operado pela iniciativa privada, que por finalidade a obtenção de lucro se sobrepõe a qualquer outra premissa: “a confiança de que o ônibus vai passar no horário” como disse o gestor da empresa Rio Anil Transportes é a certeza que haverá vítimas (estudantes, desempregados, trabalhadores, etc.) nas paradas para serem assaltadas.
Em qualquer negociação comercial feita por governos dos patrões fique com o “pé atrás”, e, essa deve ser a postura da população. Além da lucratividade que a empresa vai alcançar em Imperatriz após a tal “reconquista da confiança” será bem superior o que a empresa tem em São Luís pelo fator = número de passageiro/quilômetros rodado. Só pra se ter uma ideias, a mesma empresa pra percorrer as distâncias da ilha cobra R$2,60.
Creio que a gestão e o empresariado local devem ter oferecido à empresa Rio Anil algo a mais do que a lucratividade na tarifa. A falta de transparência e as negociações em círculos fechados, entre os interesses privados, é uma mostra de que a concessão vai muito além do monopólio dos serviços.
Com o dito fim da crise, com a vinda de outra empresa para explorar o transporte público em Imperatriz, principal argumento defendido pelos amigos do poder, a população vai continuar sofrendo com o serviço padrão Madeira/PSDB: com paradas inapropriadas e/ou inexistentes, estudantes sem direito ao transporte público (passe-livre), empresa definindo o seu padrão de qualidade, etc.