Sindicato da categoria dos professores municipais de Imperatriz se mobiliza para ajuntar pessoas na caminhada do candidato ao governo do Maranhão Flávio Dino/PCdoB em Imperatriz ao mesmo tempo em que o sindicato e o prefeito travam uma luta de braços.
O STEEI precisa manter o foco. Após reunião com o candidato ao governo Flávio Dino/PCdoB e pedir que ele intermediasse um acordo com seu principal aliado, o prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira/PSDB, no imbróglio do reajuste dos salários e do desconto de faltas no contracheque dos grevistas o sindicato fez um chamado à participação de toda categoria para a caminhada de abertura da campanha ao governo em Imperatriz, organizado pelo prefeito algoz da categoria dos professores.
Segundo informações de professores, a caminhada seria uma oportunidade para o sindicato constranger o prefeito com exposição de cartazes cobrando o pagamento dos trabalhadores da categoria e outras reivindicações defendidas. Mas se o evento é para levar à rua os apoiadores do candidato – aliado? – do sindicato rumo à vitória nas urnas, como poderiam conciliar protesto e apoio ao mesmo grupo que está junto politicamente?
A situação colocada pelo STEEI aos professores é muito constrangedora tanto para o candidato ao governo que de forma oportunista vai discursar em defesa dos eleitores (professores) presentes, mas também querendo o apoio institucional/financeiro representado pelo executivo municipal e pela categoria dos patrões da região. Estaria o STEEI e o candidato ao governo Flávio Dino/PCdoB tratando os profissionais como “buchas de canhão” para fortalecer o objetivo do candidato em detrimento aos interesses da categoria? Pois é… o candidato precisa ter multidão para sair bem na foto, na esperança de passar a ideia do “voto útil” contra seus adversários diretos na corrida rumo ao Palácio dos Leões.
Com certeza será preciso uma avaliação individual da categoria sobre o erro/acerto tático cometido nessa ação. O evento em questão tem um objetivo claro, mostrar força na campanha eleitoral em Imperatriz, e é preciso que o sindicato diga que está do lado do candidato, mesmo que o candidato esteja aliado ao principal adversário da categoria que cortou os salários dos trabalhadores que reivindicavam seus direito e os colocou em condições de “mendicância”, coisa que nenhum trabalhador deveria passar, pois vende sua força de trabalho de forma digna.