O sindicato dos Bancários do Maranhão — SEEBMA promoveu neste fim de semana, dias 24 e 25/04, em sua diretoria Regional em Imperatriz o curso de oratória sindical e popular: “A arte de falar em público”, voltado à formação da base dos trabalhadores da região sul do Estado, num total de 25 trabalhadores com influência de liderança nos seus locais de trabalho. O curso serviu para preparar e melhorar a intervenção e a interlocução da direção do sindicato através das lideranças com uma fala clara e objetiva aos demais trabalhadores. Além da categoria bancária o sindicato também abriu a oportunidade de outros setores para participar do curso buscando aprimoramento na difícil arte de falar em público.
O orientador do curso foi o reconhecido comunicador e escritor Vito Giannotti, membro do Núcleo Piratininga de Comunicação do Rio de Janeiro. Giannotti já escreveu mais de 25 livros: Muralhas da Comunicação (2004), História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil (2007), Dicionário de Politiquês (2010), Comunicação dos trabalhadores e hegemonia (2014), etc.
Na verdade, Giannotti dá mais que um curso de oratória, ele busca nos que participam o despertar de uma consciência de classe para si, e possibilita a aprendizagem de qual melhor maneira de falar aos demais trabalhadores, sendo uma tarefa de todos àqueles que militam no sindicato, nas associações, nos partidos políticos, etc. Para Giannotti, uma linguagem clara possibilita o alcance do maior número de pessoas a entender a lutas que resultam nas conquistas alcançadas na organização e na luta dos trabalhadores.
A oportunidade dada a militantes sindicais, sociais, estudantis em ter contato — para muitos foi à primeira — com Giannotti que é um exemplo de dedicação na formação de trabalhadores para falar bem aos outros trabalhadores e o mais importante, a nosso ver, saber reconhecer a posição de classe nos discursos que ouvimos de políticos e autoridades em muitas ocasiões.
Foi um momento de muito aprendizado, essas dez horas que deve se alongar através do exercício da oratória, da leitura e também da escrita, assim como ele, aos seus 85 anos, continua fazendo junto das bases, dos sindicatos e através de seus livros.
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