Tambores ecoaram na UFMA

0

noite-tamboresNa noite de sexta-feira, 19/06, toda a UFMA foi tomada pelo som dos tambores com ritmos africanos na Noite dos Tambores: valorização da Herança africana e combate ao preconceito religioso! O evento promovido pelo comando de greve da UFMA contou com a participação de representantes da religião de matriz africana: Tendas São Francis e Santa Barbara fizeram uma demonstração dos ritos nos terreiros de umbanda. Vale ressaltar que a principal forma de transmissão dessa tradição (cantos, ritos, vestuário, etc.) é via oralidade, Mãe Nenzinha abriu os trabalhos entoando os primeiros cânticos enquanto seus “filhos” rodopiavam e cantavam em torno da gira.

Há muito tempo os professores que pesquisam sobre o sincretismo religioso demonstravam interesse em trazer para dentro dos muros da universidade uma apresentação como essa, e o momento de mobilização de greve criaram as condições ideais para isso.

Na maioria do tempo os espaços da UFMA os cristãos (católicos e evangélicos) dominam com louvores e cultos o espaço universitário, que deve ser ocupado por todos, independentes de denominações religiosas, credos, etnias, etc. E foi com essa perspectiva que levou a organização do evento.

Apesar de ter sido uma ótima oportunidade para quem se diz um estudante/universitários vivenciassem a expressão de uma cultura diferente da qual estão acostumados de ver no cotidiano. Infelizmente, muitos bloqueados pelo preconceito, fanatismo e intolerância religiosa vira a apresentação como uma “profanação” do espaço que outrora era ocupado, majoritariamente, por eles.

O simbolismo da ocupação na noite de sexta-feira vai rondar por um bom tempo assim como o toar dos tambores nos ouvidos atentos do que prestigiaram as apresentações e também daqueles que tentaram a todo instante bloqueá-los, sem êxito.

Em seu facebook o professor mestre em história, Salvador Tavares, escreve: “[…] O combate a intolerância religiosa, ao preconceito e racismo faz parte da missão de uma universidade comprometida com a sociedade. Respeitar e valorizar as comunidades tradicionais e seus conhecimentos também. Axé a todas e todos que estavam presentes.”

Com muito axé, saravá, e bênçãos dos orixás todos os presentes agradeceram pela disposição da presença e se despediram com o deseja de organizar uma nova apresentação.

Imagens gravadas pelos estudantes da UFMA José Carlos e Carlos Lucena

Sou apenas um trabalhador assalariado, casado com a companheira Irisnete Geleno, pai de quatro filhas(Ariany, Thamyres, Lailla e Rayara), morador da periferia (Boca da Mata-Imperatriz), militante partidário (PSTU) que assumiu algumas tarefas eleitorais como candidato (2006, 2008, 2010 e 2012) e que luta por uma sociedade COMUNISTA. Sempre fui e continuarei sendo a mesma pessoa de caráter que meus pais, minha escola, meus amigos ajudam a forjar. Um comunista escravo do modo de produção capitalista que não aceita a conciliação de classe defendida por muitos que se dizem de "esquerda", mas que na verdade são pequeno-burgueses que esperam sua chance no capitalismo.

Deixe seu comentário